OS 200 ANOS DE BRASIL INDEPENDENTE: DESDOBRAMENTOS ATÉ OS DIAS ATUAIS

Tudo começou com a mudança da Família Real de Portugal para o Brasil. O clima na Europa não era dos melhores. A ameaça iminente da invasão francesa e a promessa de destronar a Monarquia Portuguesa fizeram com que a decisão inusitada de transferir a sede do Governo Real para o Brasil fosse organizada em poucas semanas.

Junto com a Família Real, também chegou uma caravana de milhares de pessoas, distribuída em dezenas de navios, além de toda a riqueza em joias, obras de arte, pedras preciosas, entre outros itens – curiosamente, muitos deles de origem brasileira – seguiam para o Hemisfério Sul.

No Brasil de 1808 a 1821, Dom João IV governou o que nomeou de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algaves. Desta forma, o Brasil deixou de ser tratado como Colônia para ser considerado parte do Reino. Em terras brasileiras tudo parecia bem, mas o descontentamento e a  desordem no lado português forçaram o retorno de Dom João IV a Portugal.

A Proclamação da Independência

No entanto, continuou no Brasil o sucessor de Dom João: o seu filho Dom Pedro foi nomeado Príncipe Regente, para não cruzar o Atlântico. A partir de  então, muitos movimentos foram contribuindo, ao longo de 1821 e 1822, para a Independência do Brasil.

De acordo com a advogada e colecionadora de arte, Marta Fadel, a presença de um Monarca e sua atuação frente aos movimentos que culminaram na Independência do Brasil, influenciaram os acontecimentos, para que o país se    mantivesse unificado, enquanto os antigos Vice-Reino da América Espanhola se fragmentavam em numerosas  Repúblicas.

“A estrutura política e administrativa estabelecida com a presença do rei em um país tão grande em extensão territorial evitou que o Brasil tivesse  rumos diferentes”.

Foi a insustentabilidade entre os interesses da Corte em Portugal e da parte brasileira, que custaram a separação definitiva do Reino. O Brasil Independente foi regido pelo sistema de Monarquia, sendo coroado Imperador Dom Pedro I.

Foi um período importante também para as artes, o qual teve início com a vinda da Família Real para o Brasil e se desdobrou com a abertura dos portos, antes exclusivos de comerciantes portugueses.

Nessa fase da história começaram formas de incentivo à cultura, como instalação de bibliotecas e museus, além do estabelecimento de uma pequena imprensa, essenciais para o registro e documentação de tantos fatos.

Império até a Proclamação da República

O Império Brasileiro teve fases muito conturbadas e cheias de oposição contra o autoritarismo de Dom Pedro I. Assim, em 1831 acontece a renúncia do Imperador, mas que já nomeava seu sucessor Dom Pedro II, menino com cinco anos de idade. Sim, uma criança! Até a sua maioridade, o poder ficou a cargo de um Governo Regencial.

Um acontecimento nomeado como Golpe da Maioridade antecipou os direitos civis e políticos de Dom Pedro II e ele assumiu a Coroa aos 14 anos  de idade.

O fato se deu devido o período regencial ter sido marcado por instabilidades econômicas, sociais e políticas, o que ameaçava a integridade do território  brasileiro.

De 1840 a 1889 foi a fase do Segundo Reinado. Sob o comando de Dom Pedro II, aconteceram fatos importantes e decisivos para a história do Brasil, como a Guerra do Paraguai e a Abolição da Escravatura. O país já se destacava na produção cafeeira e mais uma geração pagava um alto preço como mão de obra: os escravos.

Compartilhar

Mais acessados

Marta Fadel é colecionadora de arte e advogada atuante nas áreas de direito empresarial e tributária com especialização em Processo Civil, Civil e Empresarial.

É membro conselho da OAB/RJ, exerce os cargo de diretora Curadora do Instituto Cultural Sérgio Fadel, membro do Conselho deliberativo do MASP, Membro conselho do MAM/RJ, Amigos da Pinacoteca e conselheira do Prêmio Pipa de artes plásticas no ano de sua fundação.

Siga-me

Principais artigos

Newsletter

categorias

Edit Template

© 2025 – Marta Sahione Fadel – Desenvolvido por Boost