COVID 19

A manifestação do novo coronavírus-COVID19, na província de Whulan, na China, em novembro de 2019, pela rápida propagação que alcançou, surpreendeu com as dessimetrias econômicas, permitiram a ilusória percepção de que os males e as dores do mundo estavam reservados aos guetos e subúrbios da história, conferindo um bill de indenidade aos ricos e super ricos e, em particular, ao hegemon. Na hipótese, a hegemonia significa a capacidade de estabelecimento da supremacia de vontade, por meio militares, econômicos, políticos e culturais, de um povo sobre os demais, regendo-lhes os caminhos na vida do mundo. Os Estados Unidos são (ainda) o Hegemon.


O fato concreto, sem dúvida, é que o capitalismo completou a distância de sua formação revolucionária, com o sistema comercial e com os parques industriais e com os centros manufatureiros desaguando em poderosos núcleos de intermediação financeira. As três burguesias tornaram-se integradas – comercial, industrial e financeira – no sentido de
congeminarem o advento de uma nova ordem – a capitalista – nada obstante as fricções peculiares de interesses existentes entre si, tensionando as relações entre balcão e comércio, a oficina da indústria e a carteira do banco. Entretanto, as referidas e relativas contraposições
acontecem dentro do estabelecimento social que a todos contempla, pela comum natureza que ao conjunto define como setores integrados de um só modo de produção capitalista.
Não há página em branco na história, ou mesmo vazio de poder: O sistema euroamericano, formatado entre o Reino-Unido e os Estados Unidos, portanto, se encontra desafiados por uma economia ascendente, qual seja, a chinesa, sob a preocupação de que inescondível contenda venha a ser resolvida pela guerra, qualificada por muitos, como politica
continuada por outros meios.

Talvez não por acidente, os Estados Unidos Não substabeleceram o Protocolo de Kyoto e repudiaram o Acordo de Paris, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), o qual objetiva garantir a redução dos gases estufa, a partir de 2020, para a contenção do aquecimento global abaixo de 2 graus C, idealmente, 1,5 C. Sucede que mais de 50% das emissões de gases estufa provém da china, da Índia, da Rússia e dos Estados unidos, respondendo esses por 13,1% do total.

Agredido o meio-ambiente, em consequência, do caos atmosférico decorrem os efeitos da mutação genética de vírus, a exemplo do corona, levando o COVID 19 a provocar doença respiratória aguda, em síndrome pandêmica, conforme classificação da Organização Mundial da Saúde, OMS, objeto de corte de verba pelos Estados Unidos e pedido de investigação pela União Europeia, com o respaldo da China, do reino unido, da Rússia e da Índia. Ou seja: dos mais expressivos poluidores pós-moderno.


Recriada a Guerra Fria, o ânimo de tudo ideologizar descomprometido com a mínima racionalidade, cresce e se multiplica em escala vertiginosa, no intuito recíproco de um desmobilizar o outro, prestigiando a versão em detrimento dos fatos, em busca de vantagem seja econômica, seja política. Desta maneira, versão e contraversão, tempo e contratempo, o
coronavírus foi criado em laboratório na China, todo artificial, para desorganizar a economia planetária e da paralisia produtiva cosmopolita retirar a máxima vantagem. Ou, ao contrário, fora militares dos estados Unidos que soltaram o coronavírus-COVID 19, igualmente artificial, em território chinês, para ali instalar uma crise sanitária sem precedentes, reveladora de possíveis fragilidades do sistema de poder reinante, que não apenas as reconhece, como administrou a pandemia. A verdade passa ao largo e ingressa na porta estreita da razão sensível.


O argumento científico vislumbra no coronavírus-COVID19, de fora ponderável, o resultado de mutação genética decorrente da degradação ambiental, com o potencial demolidor sobre o quadro sanitário, o sistema hospitalar, a expectativa de defesa da saúde e a inviolabilidade do direito à vida. Isto, em um mundo de desrrazão, em que negacionistas, às vezes chefes de pequenos ou grandes Estados, fracassados ou hegemônicos, consideram o novo coronavirus mito, falácia, escândalo, manipulação ou gripe de somenos relevo, buscando desautorizar o isolamento horizontal, desmoralizar a utilização de máscaras e salvar a economia, enquanto
cidadãos morrem em massa, sem uma unidade de tratamento intensivo- UTI, ou mesmo, o acesso a um respiradouro fabricado na China e requisitado na China e requisitado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, em detrimento dos países periféricos, seus adquirentes
originários.

Endemias e pandemias não começaram agora na história da humanidade, o que não diminui em nada a gravidade do novo coronavírus-COVID 19 que, se tem potencial destrutivo de qualquer um em qualquer lugar, maior efeito mortífero apresenta àqueles, agora como no passado, destituídos do mínimo existencial, vivendo em situação de rua ou habitando em favelas, sem água, esgoto e mínimas condições sanitárias, privados do direito à saúde. São os herdeiros do Índio brasileiro, autóctone despojado da terra a partir do encontro desigual de civilizações. Portanto, temos agora o produto do maior ciclo de contato jamais vivenciado, até então, na história da humanidade, trocando não somente espécimes de fauna e de flora, mas também vida e morte, como agora, no novo corona vírus-COVID 19, revelador de que, quanto à agenda negativa, vive-se em um mundo só, morrente, sobretudo, para os despossuídos do
mínimo existencial, compreendido como falta de acesso ao mínimo de bens materiais e espirituais para prover a sua dignidade de pessoa humana dotada de Direitos Fundamentais e necessitada de um bem mais comum.

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Marta Fadel é colecionadora de arte e advogada atuante nas áreas de direito empresarial e tributária com especialização em Processo Civil, Civil e Empresarial.

É membro conselho da OAB/RJ, exerce os cargo de diretora Curadora do Instituto Cultural Sérgio Fadel, membro do Conselho deliberativo do MASP, Membro conselho do MAM/RJ, Amigos da Pinacoteca e conselheira do Prêmio Pipa de artes plásticas no ano de sua fundação.

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