A Páscoa nos chega num instante de agonia da humanidade. O dia registra a partida do povo hebreu do Egito, vagando pelos desertos infinitos até a Terra Prometida. Três milhões de escravos do faraó, tornados livres pelas pressões de Moisés falando em nome do Criador. A Páscoa também nos envia a ressurreição de Cristo, imolado na cruz por Pôncio Pilatos, procurador de Roma na Galileia.
Antes e depois de Moisés e de Jesus de Deus, como o chamava o discípulo Pedro, o mundo foi sacudido por grandes tragédias como castigo ou advertência. São acontecimentos que nos fazem despertar do torpor dos tempos para a realidade divina. Eh um chamamento a razão contra o ódio, a perseguição, a cobiça, as guerras, a destruição ambiental.
O livro do Gênesis nos conta que Deus criou a terra, os mares, os peixes, os animais, as árvores, os rios e tudo isso deu ao homem. Mas não os deu para destruição. Eram bens infinitos, frutos de sua obra celestial.
A Páscoa que hoje comemoramos, ocorre, este ano,exatamente no momento mais agudo do ataque de um vírus devastador. Mas esse vírus terá os freios da Divina Providencia, porque temos fé em Deus, nos rogos piedosos de Maria e porque estamos acampados no coração de Jesus que veio a terra para nos salvar.
Comemoremos, pois,Páscoa, confiantes no amor eterno do Galileu.